Concluída a investigação do caso do policial civil assassinado pela filha adolescente

A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu a investigação que apurou as circunstâncias da morte do policial civil Neife Luiz Werlang, 46 anos, ocorrida no dia 15 de outubro, em São Miguel do Oeste. O policial foi encontrado morto, com ferimentos provocados por golpes de faca. O corpo de Neife foi encontrado em um dos quartos de sua  casa, no bairro Agostini, em São Miguel do Oeste.

A Polícia Civil foi acionada para atendimento e, na mesma noite dos fatos, identificou duas adolescentes envolvidas diretamente na morte, sendo uma delas a filha do policial. As investigações continuaram e foi possível identificar o itinerário dessas adolescentes durante o dia e após o crime e o planejamento do homicídio, conforme análise de imagens e mídias extraídas após representações da Polícia Civil.

Também foi identificado que as adolescentes ficaram cerca de duas horas escondidas dentro da residência, esperando a chegada da vítima. O policial chegou por volta das 19h15min, após o expediente de trabalho e foi atacado com golpes de faca em um dos quartos da residência.

Após o crime, as adolescentes roubaram uma quantia em dinheiro que a vítima guardava em sua residência e fugiram do local, dispensando a faca utilizada no crime e as vestes com marcas de sangue. Estes objetos foram identificados e apreendidos para análises periciais.

Foi apurado que o dinheiro roubado foi dividido com outros dois adolescentes, amigos das suspeitas do assassinato. Diante disso, também após representações da Polícia Civil, foram executadas buscas e apreensões nas residências dos adolescentes investigados e apreendido parte do dinheiro subtraído.

A Polícia Civil, após três semanas, concluiu as investigações e encaminhou no dia 05 deste mês o procedimento policial ao Poder Judiciário, apontando que as adolescentes praticaram atos infracionais análogos ao crime de homicídio qualificado pelo motivo torpe, emboscada e traição. Ao final, a Polícia Civil também apontou as adolescentes como responsáveis por atos infracionais análogos ao crime de furto. As investigações também concluíram que os outros dois adolescentes praticaram atos infracionais análogos ao crime de favorecimento real.