Ministério Público pede a prisão preventiva do pastor que mandou matar a esposa em Itajaí

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A vítima, Mariane Quele Carmo dos Santos, 35 anos, e seu marido, o pastor evangélico Joedison dos Santos, 40 anos [o pastor Jota], acusado de ser o mandante do crime.

 

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), ofereceu denúncia na 2ª Vara Criminal da Comarca de Itajaí, contra três dos quatro suspeitos de serem os autores do homicídio de Mariane Quele Carmo dos Santos, 35 anos, e pediu a conversão da prisão temporária dos denunciados em preventiva. Na denúncia constam como qualificadoras do crime, a motivação torpe, a execução mediante pagamento, o uso de meio cruel e sem chances de defesa da vítima, além da qualificadora de feminicídio atribuída ao marido de Mariane.

Segundo a denúncia, elaborada com base no inquérito policial, o marido da vítima, o pastor evangélico Joedison dos Santos, 40 anos [o pastor Jota],  planejou o crime com a sua amante, que era vizinha do casal. Esse relacionamento extraconjugal já durava quatro anos, e o motivo para que os dois assassinassem Mariane, seria o fato de que eles queriam viver juntos sem que o pastor evangélico enfrentasse um divórcio, o que, na visão dele, poderia ser malvisto perante a sua comunidade. Além disso, após tornar-se viúvo, o pastor e sua amante poderiam usufruir dos bens deixados pela vítima.

Assim, desde o início de março deste ano, o pastor e sua amante teriam iniciado o planejamento da execução de Mariane. O pastor teria pago um total de R$ 2,5 mil ao genro da denunciada e ao sobrinho dela, um adolescente, para que os dois a ajudassem a matar a sua esposa. Com isso, os três também teriam incorrido no crime de corrupção de menores.

As investigações comprovaram que Mariane foi morta com 25 golpes de faca na noite do último dia 8 de abril, após pegar carona com a sua vizinha e amiga, ao sair do trabalho. No carro, estavam o genro e o sobrinho da denunciada, que teriam assassinado a vítima dentro do veículo. Em seguida, eles teriam foram em direção a Navegantes, onde pretendiam esconder o corpo. Segundo consta, os três teriam ocultado o corpo de Mariane no Rio Itajaí-Açu, próximo à ponte de Navegantes.

O crime teria ocorrido de forma traiçoeira e cruel, sem chances de defesa à vítima, pois Mariane entrou no carro espontaneamente, já que era usual a sua vizinha buscá-la no trabalho e, por ter sido surpreendida, não teve oportunidade de tentar evitar o ataque.

Enquanto isso, o pastor teria permanecido em casa, para ter um álibi que pudesse acobertar o seu envolvimento no crime.

Como o plano inicial de fazer a vítima desmaiar no carro para matá-la fora do veículo não deu certo, na manhã do dia seguinte eles também arrancaram a forração do interior do veículo que estava suja de sangue e as placas do carro, vindo a abandoná-lo em um local ermo na cidade de Navegantes, com o intuito de simular o furto do automóvel. Com essas ações, eles teriam tentado também ocultar o crime e dificultar as investigações destruindo provas.

Os denunciados fugiram após a descoberta do corpo. A vizinha, amante do pastor, e o genro dela estão presos em Pernambuco, onde foram capturados. O marido da vítima, mandante do crime, também cumpre prisão temporária, mas está detido em Itajaí.

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