Deputado catarinense recebe agressor de Maria da Penha em seu gabinete

Após postar a foto, o deputado catarinense afirmou que o caso, que deu origim a Lei Maria da Penha (de proteção às mulheres), “é, no mínimo, intrigante”, o político foi duramente criticado nas redes sociais.

“O marido da Maria da Penha atirou nas suas costas enquanto dormia, deixando-a paraplégica. Depois, manteve a esposa em cárcere privado por 15 dias e tentou matá-la novamente com choque no banho. Mais um ‘cidadão de bem, conservador, patriota, com Deus no coração’, postou um internauta.

O deputado, defensor ferrenho de Jair Bolsonaro (sem partido), rebateu: “Os militontos estão indignadinhos com a visita do ex-esposo da Maria da Penha em meu gabinete. Os berros e xingamentos desse pessoal só me fazem acreditar que há uma ‘verdade sufocada’ por trás disso tudo. Enquanto isso, Eliza Matsunaga é defendida pela trup.”, escreveu.

Por que a Lei Maria da Penha foi criada?

Em 1983, Maria da Penha foi vítima de dupla tentativa de feminicídio por parte de Marco Antonio Heredia Viveros.

Primeiramente, ele atirou em suas costas enquanto dormia. A agressão fez Maria da Penha ficar paraplégica devido a lesões irreversíveis na terceira e quarta vértebras torácicas. Também causou laceração na dura-máter e destruição de um terço da medula à esquerda – além de outras complicações físicas e traumas psicológicos.

Porém, Marco Antonio declarou à polícia que o ato foi uma tentativa de assalto – versão desmentida pela perícia posteriormente. Quatro meses após o ocorrido, assim que Maria da Penha voltou para casa – depois de duas cirurgias – ele a manteve em cárcere privado por 15 dias e ainda tentou eletrocutá-la enquanto ela tomava banho.