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Pela segunda semana consecutiva a sessão desta quinta-feira (3) na Assembleia Legislativa teve a pandemia como tema principal. A preocupação com os alarmantes índices de contaminação, de transmissibilidade e de mortes causada pela Covid-19, bem como o desafio de manter a economia em funcionamento no Estado neste período marcou os debates entre os deputados.
A deputada Ada de Luca (MDB) informou que, poucos minutos antes da sessão desta manhã, recebeu ligação do secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande. “Ele estava desesperado, pedindo para que falássemos com o governador Carlos Moisés e o secretário de Estado da Saúde, André Mota Ribeiro”, contou. A queixa, disse a parlamentar, é que a ação para o enfrentamento ao novo coronavírus estaria muito lenta. “É preciso apresentar urgente um plano para os próximos meses, com mais leitos de UTI e respiradores. Essa explosão [no número de casos] a gente sabia que iria acontecer e veio devastadora lá no Sul de Santa Catarina”, lamentou Ada.
O deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB) afirmou que o estado vive uma situação “muito complicada”, com 93,5% da população em regiões sob estado gravíssimo da pandemia. “A possibilidade de contágio é enorme e os índices vão piorando. Isso tem reflexo direto das medidas que foram relaxadas e temos um aumento nos últimos 30 dias com 32 mil casos ativos. Três vezes maior do que em agosto, quando achávamos que estávamos no inferno.”
Representante do norte catarinense, Caropreso informou que, no dia anterior, enviou mensagem ao governador Carlos Moisés da Silva. “Uma série de sugestões minhas, depois de ter ouvido algumas pessoas de alto nível na Saúde, avaliando as medidas tomadas nos estados vizinhos. Santa Catarina tem que tomar uma decisão difícil, eu sei, mas tem que se preparar bem.” Principalmente, avaliou o deputado, por causa da proximidade das festas e viagens de final de ano, quando turistas de todo o país vêm ao estado.
De volta ao plenário após ter se recuperado da Covid-19, o deputado Ivan Naatz (PL) deu um exemplo das dificuldades que enfrentou com a doença. “Desde o dia 27 de outubro, em pleno processo eleitoral, fiquei em isolamento por 14 dias, em casa, com uma depressão profunda, dor na perna, dificuldades para respirar e tosse”, contou. Segundo ele, até a semana passada era impossível caminhar. “Esse vírus é um negócio fora da curva, inexplicável. Não há medicamento que cure. Blumenau vem sofrendo cerca de cinco a seis mortes por dia, coisa que não teve na primeira onda. Tomara que a vacina venha logo e que Deus nos ajude a enfrentar esse vírus que, evidentemente, é muito forte.”