Bolsonaro ataca urnas eletrônicas com mentiras já esclarecidas pela Polícia Federal

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A ação judicial de investigação eleitoral, trata de uma reunião organizada por Bolsonaro no Palácio da Alvorada com dezenas de embaixadores e equipes diplomáticas, na qual apresentou acusações sem provas contra a urna eletrônica.

 

O presidente Jair Bolsonaro reuniu cerca de 40 embaixadores de diferentes países no Palácio da Alvorada para apresentar o que ele afirma se tratar de provas da ineficácia do sistema de segurança das urnas eletrônicas adotadas nas eleições. A prova, porém, foram trechos de um inquérito da Polícia Federal (PF) vazado por ele em 2021, apontando para uma suposta fraude nas eleições de 2018 desmentida pela própria corporação e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O inquérito em questão diz respeito a uma denúncia de que uma hacker conseguiu acessar os sistemas virtuais do TSE, incluindo as páginas dos ministros, oito meses antes das eleições de 2018. A investigação foi aberta no mesmo ano até que, em julho de 2021, Jair Bolsonaro vazou dados do inquérito, utilizando-o em uma live para afirmar que houve fraude nas urnas eletrônicas durante o pleito que o elegeu.

Os mesmos vazamentos foram expostos aos embaixadores na reunião desta segunda-feira (18), em que tornou a defender o uso do voto impresso durante as eleições. Bolsonaro ainda questionou o motivo do inquérito não ter sido encerrado, chegando a afirmar que “não poderíamos ter tido as eleições de 2020 sem apuração, porque o sistema é completamente vulnerável”.

Em agosto de 2021, o TSE divulgou uma nota onde afirma ter recebido as informações da PF sobre o inquérito, e que, mesmo se confirmada a invasão, o hacker não seria capaz de alterar o resultado das eleições. “Cabe reiterar que as urnas eletrônicas jamais entram em rede. Por não serem conectadas à internet, não são passíveis de acesso remoto, o que impede qualquer tipo de interferência externa no processo de votação e de apuração”, explica.

O tribunal ainda afirma não ter qualquer registro de alteração no sistema de controle interno. “O código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação. Nada de anormal ocorreu. (…) O próprio TSE encaminhou à Polícia Federal as informações necessárias à apuração dos fatos e prestou as informações disponíveis. A investigação corre de forma sigilosa e nunca se comunicou ao TSE qualquer elemento indicativo de fraude”, alegam.

Bolsonaro ainda questionou o motivo do TSE não ter acatado as sugestões enviadas pelas Forças Armadas durante os trabalhos da Comissão de Transparência das Eleições. No último mês de junho, porém, o tribunal decidiu por acatar dez das 15 sugestões encaminhadas pelo ministro Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Entre as demais, apenas uma foi rejeitada, e outras quatro serão analisadas para eventual aplicação no pleito de 2024.

Fonte: Congresso em Foco

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