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21/07/2021
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21/07/2021
A pneumologista e pesquisadora da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Margareth Dalcolmo afirmou, em artigo publicado nesta terça-feira (20), no jornal O Globo, que o Brasil não está preparado para lidar com a variante delta do coronavírus, em circulação em alguns estados do país.
Segundo a profissional de saúde, países como Estados Unidos e Inglaterra, que também já detectaram a presença da variante delta, apresentaram aumentos significativos no número de novas infecções diárias pela covid-19, o que pode ser um prenúncio do que irá acontecer no Brasil. Conforme Dalcolmo, para suavizar o impacto da nova cepa, o país precisa retomar as medidas restritivas em concomitância com a manutenção da vacinação da da população, sobretudo na população mais jovem.
“Estamos com seis meses do início da aplicação das vacinas no Brasil, sabidamente atrasados em relação a outros países, que começaram em dezembro do ano passado. Perdemos o timing da negociação de vacinas a despeito dos excelentes estudos de fase 3 que aqui se desenvolveram, com Pfizer e Janssen, além da Coronavac e AstraZeneca, para assegurar as evidências de eficácia e subsidiar os processos regulatórios”, afirmou a médica, que destacou a dificuldade do Brasil em sequenciar as cepas da covid-19.
“Se olharmos a velocidade e gravidade com que se deram as primeiras pestes, vemos como seus contemporâneos sobreviveram a elas quase ao acaso — ou por seleção natural darwiniana, os mais fortes. Na presente pandemia, mais do que em todas as antecedentes, vigoram inapelavelmente a ciência e seus avanços e profunda empatia. Nesse sentido, opor bem querer e vigilância sanitária latu sensu é mais que incongruente, injusto”, completou Margareth Dalcolmo.
Joinville confirma cinco casos da variante delta
Nesta terça-feira (20), também foram confirmados cinco casos da variante delta do coronavírus em pessoas internadas em Joinville. A investigação destes pacientes teve início na semana passada, quando seis tripulantes, com sintomas da covid-19, originários da África, entraram no Brasil pelo Porto de São Francisco do Sul.
Eles receberam atendimento em um hospital da rede particular de saúde de Joinville e, como a região de origem possui registro de casos com a variante delta, as amostras foram enviadas para sequenciamento genético pela equipe da Secretaria da Saúde da Prefeitura de Joinville.
O material de cinco destes pacientes apresentou condições de passar pelo sequenciamento genético, com resultado positivo para a variante delta. A informação foi confirmada pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina
Dados atualizados
O Brasil registrou ontem mais de 27.592 casos de coronavírus nas últimas 24 horas. Além disso, o país contabilizou mais 1.214 mortes. As informações são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Desde o início da pandemia de covid-19 no ano passado, o Brasil já registrou 544.180 óbitos, e um total de 19.419.437 diagnósticos da doença.