Selic a 11,75% e conflito na Ucrânia impactam construção civil

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Os reflexos da guerra na Ucrânia estão sendo avaliados pela construção civil no Brasil. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), teme a diminuição da atividade econômica com uma possível retração nos investimentos de brasileiros em imóveis, motivada pela alta da inflação, que está puxando os juros para cima.

Uma das principais preocupações é o aumento das commodities, como minério de ferro, alumínio, cobre e petróleo, além do possível aumento dos fretes. Na avaliação da entidade, o movimento pode elevar ainda mais os preços dos insumos utilizados na construção, que, desde meados de 2020, já pressionam os custos do setor.

Taxa Selic

Também dificultam o desempenho do setor, as decisões do  Banco Central nas sucessivas elevações da taxa Selic. Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom), subiu de 10,75 para 11,75% ao ano a taxa básica de juros da economia. A medida tem como objetivo segurar a inflação e consequentemente o consumo. As constantes altas dos juros afetam diretamente a indústria da construção civil, que ja vêm sofrendo com a queda nas vendas, inclusive nos novos lançamentos.

Aço 200% mais caro

A Associação Nacional dos Fabricantes de Eletroeletrônicos (Eletros) afirma que o setor já vem sendo impactado por aumentos de custos, destacando que o aço atualmente está cerca de 200% mais caro que antes da pandemia.

Na última semana, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou um aumento de 20% nos produtos destinados a indústria. O reajuste vai acontecer em duas vezes, 12,5% no dia 1° de abril e 7,5% no dia 15.

Acima da inflação

Em entrevista ao portal UOL, o diretor executivo comercial da CSN, Luis Fernando Barbosa Martinez, afirmou que a companhia está repassando o aumento de custos dos produtos que fornece para os setores automotivo, de linha branca (geladeiras, fogões), construção e embalagens. A empresa também informou que está retirando descontos que vinha praticando por causa do encarecimento de matérias-primas.

Impacto da guerra

O conflito no leste europeu reacendeu o movimento de alta dos preços de diversas matérias-primas, de grãos, como trigo e milho, a metais e petróleo.

A paralisação de uma das maiores usinas de aço da Ucrânia em função da guerra, a Kryvyi Rih, controlada pela ArcelorMittal, está tendo reflexos em todo o setor mundialmente.

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