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Leonardo Natan Chaves Martins, denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pela morte da jovem Gabriella Custódio da Silva, foi condenado a 12 anos de prisão por homicídio qualificado. Gabriella recebeu um tiro no peito desferido pelo companheiro e foi levada no porta-malas do carro até o Hospital Bethesda, em Pirabeiraba , onde morreu. A condenação ocorreu em sessão do Tribunal do Júri realizada nesta terça-feira (27).
A denúncia apresentada pela 22ª Promotoria de Justiça de Joinville relata que no final da tarde do dia 23 de julho de 2019, o jovem casal, ela com 20 e ele com 21 anos, foi à casa dos pais de Leonardo. Ali, com uma arma recentemente comprada pelo pai, que não estava em casa, o rapaz desferiu o tiro no peito da companheira que causou sua morte.
Ne sequência, Leonardo colocou a mulher inconsciente no porta-malas do carro e a deixou no hospital, onde a vítima morreu em função do ferimento e fugiu em seguida. Depois, levou o carro na casa de amigos e buscou auxílio do pai para fugir da cidade. No caminho até São Francisco do Sul, onde o réu ficou escondido por 17 dias até se entregar à polícia, se desfizeram da arma do crime.
O pai de Leonardo, Leosmar Martins, que também foi assassinado no curso do processo, em um crime que não tem relação com o feminicídio praticado pelo filho, em depoimento à polícia, assumiu ainda que teria destruído o celular da vítima e do filho dias após o crime. Leosmar também seria julgado, por fraude processual e posse ilegal de arma de fogo.
Conforme sustentou o promotor de justiça Ricardo Paladino, perante o Tribunal do Júri, o Conselho de Sentença considerou o réu culpado por homicídio duplamente qualificado, pela impossibilidade de defesa da vítima, rejeitando, porém, a qualificadora do feminicídio.
A pena aplicada pelo Tribunal do Júri, foi de 12 anos, deverá ser cumprida em regime inicial fechado. A sentença é passível de recurso mas, preso preventivamente desde que se entregou à polícia e sem novos fatos que alterem o motivo da prisão, Leonardo não terá o direito de apelar em liberdade.