Motociclista que atropelou e matou adolescente é solto pelo STJ

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O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogerio Schietti Cruz, concedeu habeas corpus para substituir a prisão preventiva de Bruno Fernandes Moreira Krupp, por outras medidas cautelares, que entendeu serem mais adequadas e suficientes para o caso: uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de dirigir veículo, comparecimento periódico em juízo e proibição de sair da comarca sem autorização judicial.

Após atropelar e matar o adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, no Rio de Janeiro, em 2022,  Bruno Fernandes responde a processo pelo crime de homicídio simples  e por dirigir sem a devida permissão ou habilitação.

Ao receber a denúncia, o juiz manteve a prisão preventiva decretada contra o réu, por considerar que ele, no momento do acidente, supostamente assumindo o risco de causar a morte de alguém, pilotava uma moto em alta velocidade e sem a carteira de habilitação, depois de já ter sido pego em blitz conduzindo sem permissão um veículo sem placa.

Além de avaliar a gravidade dos fatos como “acentuada”, o magistrado de primeiro grau levou em conta a existência de outra denúncia contra o réu, por supostos crimes de estelionato, e de um registro por estupro, concluindo que a prisão preventiva seria necessária para preservar a ordem pública e prevenir que Bruno  cometesse novos crimes.

Entretanto, para o ministro Rogerio Schietti, entendeu que os fatos envolvendo o réu, não foram suficientes para manter a prisão. “não se mostram tais razões bastantes, em um juízo de proporcionalidade, para manter o acusado sob o rigor da cautela pessoal mais extremada”. Relator do habeas corpus impetrado pela defesa, o ministro apontou que o réu é primário, tem bons antecedentes e está preso preventivamente há oito meses.

Manifestação

Parentes e amigos do adolescente João Gabriel Cardim Guimarães,  fizeram uma manifestação  em Realengo, Zona Oeste do Rio. Eles contestam a decisão do modelo deixar a prisão, após oito meses. Krupp saiu da Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na tarde de 29 de março. A mãe de João Gabriel, Mariana Cardim de Lima, esteve na Praça dos Cadetes acompanhada por amigos e parentes. Com cartazes, eles pedem que o modelo volte a ficar preso.

Perna arrancada

Um grupo, que é contra a soltura de Bruno Krupp, segura cartazes com pedidos de justiça pela morte de João Gabriel. No dia do acidente, o adolescente foi atropelado pelo modelo, que estava em alta velocidade numa motocicleta. Com o impacto, o jovem perdeu uma dar pernas ainda no local e morreu horas depois.

Revolta e indignação

A mãe de João Gabriel, Mariana Cardim, fez um desabafo nas redes sociais após saber que o modelo seria solto: “É com muita tristeza, revolta e indignação que recebi hoje (29/03/2023) a notícia do peso da decisão do STJ que coloca uma pessoa na rua, com a possibilidade de matar novamente outras pessoas. No dia de hoje, a minha dor não tem tamanho, a saudade é inexplicável, continuarei lutando por justiça para que outras mães não passem, não sintam e não sofram o que estou sentindo. Há 8 meses não foi só a vida do meu filho João Gabriel que foi embora, e sim a vida de toda a minha família e a minha, principalmente.

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