Motoristas de aplicativos cobram vereadores de Joinville por mais segurança

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A Comissão de Proteção Civil, da Câmara de Vereadores de Joinville, realizou nesta segunda-feira (16), um reunião extraordinária no plenário para discutir com motoristas e representantes de associações de motoristas de aplicativos, a vulnerabilidade e a falta de segurança deles na prestação do serviço. Uma sugestão levantada pela categoria foi a criação de uma rede de comunicação entre motoristas e a polícia, similar às redes de vizinhos.

O assunto é discutido na comissão poucos dias após um caso de assassinato de um motorista de aplicativo em Joinville. Leonardo Telles, 39 anos, foi assassinado a facadas durante uma corrida na noite de 7 de agosto.  Três dias antes da morte, Leonardo Telles esteve na Câmara reivindicando segurança aos motoristas.

O ponto central da discussão foi levantado pelo diretor institucional da Associação dos Motoristas de Aplicativos de Santa Catarina (Amasc), Wagner de Mira. Ele pediu apoio para a criação de um projeto chamado “Rede de Monitoramento de App Seguro”, embora tenha dito que a ideia já tenha sido negada uma vez em virtude da não regulamentação dos motoristas de aplicativos.

De acordo com a explicação de Wagner, o grupo, que seria monitorado pela polícia, funcionaria nos moldes das redes de vizinhos, que são redes organizadas entre comunidades e a polícia militar para proteger residências.

Sobre a regulamentação dos motoristas, o presidente da Associação de Motoristas de Aplicativos de Joinville (Amaj), Willian Tenório, citou a Lei Municipal nº 8.467, de 2017. A lei, que foi publicada após uma série de discussões na Câmara de Vereadores em 2017, regulamenta o transporte motorizado individual privado de passageiros, com o uso de aplicativos de tecnologia de transporte no município de Joinville. Segundo os dados apresentados na reunião, Joinville tem cerca de 9 mil motoristas de aplicativos.

José Aloísio da Silva é um deles há quatro anos. Ele citou o caso da morte do colega Leonardo Telles e pediu apoio de todos os órgãos de segurança pública. Segundo ele, não há a preocupação em relação a segurança dos motoristas pelos aplicativos, “Os aplicativos não estão nem aí; eles mandam uma mensagem automática de pêsames e pronto; a gente sai e não sabe se vai voltar”, lamentou José Aloísio.

Comandante do 8° Batalhão da Polícia Militar, Celso Mlanarczyki Júnior avaliou como importante a manifestação da vontade dos motoristas e sugeriu que seja traçada uma estratégia para auxiliá-los e orientá-los. O comandante ainda defendeu o protocolo de registros via telefone 190.

A única empresa que opera via aplicativo que enviou representante foi a Wincars. Representante da empresa, Márcio Vieira, defendeu a criação da rede de motoristas, além de uma adaptação da legislação atual sobre o transporte por aplicativo “para buscar uma melhor solução em prol da segurança da classe”.

 

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