Oceanos estão aquecendo rapidamente e agravam extremos no clima

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Um estudo publicado na Environmental Research Letters revelou que os oceanos estão aquecendo quatro vezes mais rápido do que na década de 1980. Essa aceleração ajuda a explicar os recordes de temperaturas oceânicas em 2023 e 2024, além do aumento dos eventos extremos, como as enchentes de maio de 2024 no Rio Grande do Sul.

Em 2024, a temperatura média anual da superfície do mar (SST) atingiu níveis recordes em quase um terço (27%) dos oceanos extra-polares. Isso incluiu grandes regiões do Atlântico, especialmente as áreas tropicais, a maior parte do Oceano Índico, amplas porções do Pacífico Ocidental e partes do Oceano Austral.

Todas as regiões que registraram temperaturas no mar recordes sofreram ondas de calor marinhas de pelo menos categoria II (“forte”) em algum momento do ano. Esse aumento generalizado nas temperaturas superficiais dos oceanos resultou em um evento global de branqueamento de corais, declarado pela NOAA em abril.

O aquecimento dos oceanos tem consequências graves para a saúde do planeta, afetando recifes de corais, ecossistemas marinhos e cadeias alimentares, além de intensificar tempestades e elevar o nível do mar. As implicações de longo prazo incluem impactos sociais e econômicos significativos.

O estudo foi conduzido por Christopher Merchant, cientista da Universidade de Reading, e destacou que as temperaturas oceânicas podem aumentar mais nos próximos 20 anos do que nos últimos 40, caso não sejam adotadas medidas significativas para reduzir emissões e o uso de combustíveis fósseis.

Merchant enfatizou que os oceanos regulam o ritmo das mudanças climáticas, e a aceleração do aquecimento é um reflexo do aumento do desequilíbrio energético da Terra. Esse desequilíbrio, causado pela maior concentração de gases de efeito estufa e pela redução de gelo refletivo, dobrou desde 2010.

Kim Cobb, diretora do Instituto para Meio Ambiente e Sociedade da Brown University, afirmou que o aquecimento observado não pode ser explicado apenas pelo fenômeno El Niño, que ocorreu em 2023 e 2024.

O estudo fornece evidências claras de que as mudanças climáticas causadas por humanos estão desempenhando um papel central nesse cenário. A análise foi baseada em dados de temperaturas da superfície do mar e do desequilíbrio energético da Terra, mostrando que ambos estão fortemente conectados a longo prazo.

Desde 2023, as temperaturas oceânicas ficaram 0,6°C acima da média de 1981-2010, marcando um recorde de aquecimento global. O impacto desse aquecimento é evidente em diversos fenômenos extremos e na redução do gelo polar.

Os eventos extremos reforçam o papel central dos oceanos na crise climática global. O estudo também sugere que, se o ritmo atual de aquecimento continuar, as projeções mais pessimistas dos modelos climáticos poderão ser superadas.

Isso torna ainda mais urgente a necessidade de reduzir emissões de carbono. No entanto, decisões políticas recentes, como as ordens executivas de Donald Trump para expandir a produção de combustíveis fósseis e restringir projetos de energia renovável, assim como o aumento por China e Índia do uso de carvão, colocam em risco os esforços globais para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Merchant alertou que, embora cortar emissões envolva custos, o preço de não agir será muito maior no longo prazo. A conclusão do estudo é um chamado urgente para a ação global, destacando que as consequências de continuar ignorando os impactos das emissões de carbono são piores do que se pensava anteriormente.

Fonte: MetSul

 

 

 

 

 

 

 

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