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Bando fortemente armado impõe terror no Paraná
18/04/2022
A Polícia Civil, através da Delegacia de Polícia da Comarca de Timbó, cumpriu na noite de sexta-feira (15), mandados de prisão temporária contra a mãe e o padrasto de uma menina de 11 anos, morta no dia 14 de abril, em Timbó.
No dia 14, por volta de 00h30, o Corpo de Bombeiros Militar realizou o atendimento da criança, que já estava sem os sinais vitais. Após o encaminhamento ao hospital, a médica de plantão verificou que a criança apresentava diversas lesões aparentes pelo corpo, bem como um sangramento em sua roupa íntima. Diante da situação suspeita, os profissionais do hospital acionaram a Polícia Militar, que conduziu a mãe e o padrasto à Delegacia de Polícia de Indaial.
Em um primeiro momento, ambos afirmaram que a criança caiu de uma escada, após tratar seu gato. Segundo o casal, a criança ficou consciente, jantou, tomou banho e foi dormir. À meia noite, a vítima teria passado mal, quando então foi acionado o Corpo de Bombeiros Militar.
O caso então saiu do plantão policial e aportou na Delegacia de Polícia de Timbó. O delegado de polícia, acompanhou pessoalmente o exame necroscópico na menina. O médico legista constatou que a vítima tinha diversas lesões e contusões internas e externas. Além disso, em contato com o perito que realizou o exame no local dos fatos, foi constatado que havia marcas de sangue nas proximidades do quarto da criança, no sofá, em uma toalha, fronha e calça masculina.
Considerando as informações do médico legista, da médica do hospital, bem como do perito criminal, a versão apresentada pelos responsáveis legais entrou em contradição com as lesões apresentadas pela vítima, ou seja, a criança estaria lesionada demais para quem apenas caiu de uma escada.
Padrasto e mãe foram intimados a depor novamente. Ambos foram esclarecidos das contradições entre a versão apresentada e as provas reunidas. O padrasto ficou em silêncio. A mãe, por sua vez, ouvida pela psicóloga policial, coordenada pelo delegado de polícia, confessou ter matado sua própria filha com socos e chutes. Ela alegou que o motivo seria que a menina mantinha um relacionamento afetivo, em que ela teria se tornado sexualmente ativa, o que a mãe não aceitou e por isso agrediu a menina como forma de represália.
A Polícia Civil representou pelas prisões temporárias de ambos, que contou com rápida análise e concordância do Ministério Público e do Poder Judiciário. A prisão temporária tem prazo de 30 dias. Nesse prazo, a investigação prossegue em torno da suspeita da participação do padrasto na morte da criança, bem como para evidenciar se houve ou não a prática de crime contra a dignidade sexual.