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Mirante da Serra do Rio do Rastro recebe interessados para estudo de complexo turístico
14/04/2021
Covid-19: Joinville registra mais nove mortes e 99% de ocupação das UTIs
14/04/2021
A Câmara de Vereadores de Joinville aprovou na sessão ordinária desta terça-feira (13), moção que pede à Prefeitura a contratação de organização social (OS), como meio de suprir a falta de médicos que ofereçam “tratamento precoce” em casos de suspeita e confirmação de covid-19. A autoria da proposição foi assinada por 13 vereadores.
Entre os vereadores que assinaram a moção, está Wilian Tonezi (Patriota). Ele utilizou a tribuna para defender o pedido. O parlamentar enfatizou que objetivo “é conseguir médicos que façam uma prescrição além de dipirona e paracetamol”. Érico Vinícius (Novo) também defendeu a moção.
Contrário à proposta, o vereador Cassiano Ucker (Cidadania), que é médico, relacionou preocupações com a moção: a competição que seria gerada na contratação de médicos pela OS, a destinação de profissionais para serviços não emergenciais e a falta de protocolo para o “tratamento precoce”.
O texto da moção cita supostos resultados satisfatórios no tratamento da covid-19, como Porto Feliz (SP), Porto Seguro (BA) e Rancho Queimado (SC). No entanto, essas constatações relacionadas ao municípos mencionados são amplamente desmentidas e classificadas como fake news.
A moção 208/2021, ainda foi assinada pelos vereadores Adilson Girardi (MDB), Brandel Junior (Podemos), Cláudio Aragão (MDB), Diego Machado (PSDB), Érico Vinicíus (Novo), Henrique Deckmann (MDB), Kiko do Restaurante (PSD), Maurício Peixer (PL), Neto Petters (Novo), Pastor Ascendino Batista (PSD), Sales (PTB) e Sidney Sabel (DEM).
Votaram contrários a moção a vereadora Ana Lucia Martins (PT), Cassiano Ucker e Lucas Souza (PDT). Além dos autores da proposição, também votaram a favor Alisson Júlio (Novo) e Tânia Larson (PSL).
Sem eficácia comprovada
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) já havia encaminhado, no dia 19 de janeiro desse ano, o ofício nº 17/2021/SECNS/MS ao Ministério da Saúde, pedindo a revogação de qualquer instrumento (nota técnica, nota informativa, orientações, protocolos ou ofícios) que incentive o uso de medicamentos para covid-19, sem eficácia e segurança comprovadas e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na ocasião, o presidente do CNS, Fernando Pigatto, destacou que desde o início da pandemia o Conselho tem se posicionado contrário à indicação de qualquer medicamento para tratamento da covid-19 sem eficácia comprovada. Antes disso, no dia 17 de janeiro, a Anvisa tembém reafirmou a ineficácia do tratamento precoce do Difosfato de Cloroquina, Azitromicina e Sulfato de Hidroxicloroquina.